Biossensores são dispositivos capazes de identificar substâncias em tempo real, por meio de reações biológicas, podendo ser utilizados como meio de diagnóstico de diversas doenças e no fornecimento de resultados de exames clínicos. Nos últimos anos, uma grande variedade de biossensores foi desenvolvida para converter a interação biológica em um sinal quantificável. Entre os diferentes transdutores (interface que converte os processos de biorreconhecimento em sinais mensuráveis), destacam-se os com métodos de detecção óptica, que empregam a variação das propriedades da luz quando interage com o meio biológico, devido à sua alta sensibilidade nas biodetecções.
Nesse sentido, é necessário que os dispositivos empregados possuam uma alta sensibilidade e que gerem resultados com sinais evidentes. Para isso, é importante que os sensores tenham um bom campo evanescente, que seja capaz de transportar mais energia. No caso dos polímeros, isso é um problema devido ao baixo índice de refração do material, apesar do baixo custo apresentado.
Nesse contexto, a proposta consiste na fabricação de um interferômetro modal plasmônico (um dos constituintes do biossensor), interagindo com uma monocamada de grafeno, como forma de aprimorar o funcionamento do produto fabricado com material polimérico. Desse modo, a monocamada garante o aumento das oscilações dos elétrons na interface de divisão entre os dois materiais, na presença de um campo eletromagnético, permitindo uma interação mais forte da luz com a matéria. Portanto, o desenho, fabricação e caracterização de moduladores eletro-ópticos baseados em grafeno visa demonstrar eficiente eletro-absorção e modulação eletro-óptica, em dispositivos com as caraterísticas descritas, fornecendo uma melhora absoluta em comparação aos dispositivos atuais.