A “Avaliação de Risco de Incêndios em Sítios Históricos Mineiros: Ouro Preto” foi desenvolvida pelos professores Paulo Gustavo von Krüger, Ana Clara Mourão Moura, Anna Rita Tomich Magalhães Felippe, Erika Esteves Lasmar, Bernardete de Lourdes Ferreira Minervino e Leonardo Geraldo de Oliveira Gomes, do Departamento de Tecnologia do Design, da Arquitetura e do Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG. O estudo partiu da constatação de que edificações do Patrimônio Cultural são mais suscetíveis a incêndios devido a fatores como instalações elétricas inadequadas, ausência de equipamentos de combate e uso predominante de madeira nas construções.
Para diagnosticar a situação real de risco, foram aplicadas três metodologias distintas: Método Chichorro, Análise Global e ARICA, que, de forma complementar, resultaram em uma avaliação inédita e abrangente do risco de incêndio em Ouro Preto. As etapas incluíram coleta de dados, georreferenciamento, diagnóstico, Geodesign e prognóstico, sendo que o Geodesign contou com um workshop colaborativo, de onde surgiram propostas como educação patrimonial, intervenções físicas, procedimentos de emergência e incentivos fiscais.
O diagnóstico revelou que a maioria dos 146 edifícios avaliados carece de medidas adequadas de segurança, apontando para a urgência de ações preventivas. O prognóstico indicou intervenções prioritárias em edificações mais vulneráveis, além da implementação de planos de emergência e evacuação. O estudo trouxe importantes benefícios, como a possibilidade de atuação preventiva dos órgãos públicos e o fortalecimento da resiliência do Centro Histórico de Ouro Preto com ações pontuais e de baixo custo.