Os combustíveis apresentam a propriedade de dilatação térmica, ou seja, suas propriedades físicas (volume e temperatura) variam de acordo com o ambiente a que são submetidos. Para sua comercialização, no entanto, são aplicados padrões de correção regulamentados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o órgão e seguindo normas de segurança mundiais, os combustíveis devem ser comercializados a uma temperatura de 20ºC. Entretanto, o biodiesel pode ser obtido de diversas fontes naturais e processos de produção, o que torna inviável estabelecer um único coeficiente de dilatação.
Tendo em vista este problema, uma equipe da Escola de Engenharia da UFMG, sob coordenação do professor Hilton de Oliveira Mota, desenvolveu um dispositivo que visa identificar este grau de dilatação para cada caminhão tanque do biocombustível que é vendido da usina para a refinaria. Assim, a partir da medição de temperatura e densidade em duas condições distintas (tancagem e entrega do biodiesel), é possível estabelecer um coeficiente de dilatação para correção à 20ºC.